COMO PLANEJAR A COMPRA DA CASA PRÓPRIA EM POUCOS PASSOS
Joias, computadores, smartphones ou viagens? Nada disso! O sonho de consumo da maioria dos brasileiros é comprar a casa própria. Os tempos mudam, mas parece que as ambições permanecem as mesmas, não é verdade? E, na verdade, não é para menos! Afinal, os gastos com aluguel têm poder corrosivo em relação ao poder de compra do brasileiro. E o pior de tudo é que, ao contrário dos investimentos feitos na casa própria, essa despesa não representa nenhum retorno no longo prazo ou acréscimo patrimonial. A sensação que fica, após anos de pagamento, é que foi um dinheiro mal gasto. Isso sem considerar, ainda, o desconforto de viver em um imóvel de outra pessoa, com limitações de reforma e até com a possibilidade de reajustes súbitos no contrato.
Por outro lado, adquirir a casa própria também não é uma tarefa fácil. O objetivo é de longo prazo e são poucas as pessoas que possuem a disciplina e a organização necessárias para dar esse passo adiante. Além disso, está lembrado de que as atuais restrições aos financiamentos são maiores? Pois então por onde começar? Confira agora mesmo as dicas que separamos para que você planeje a compra da casa própria!
PASSOS INICIAIS PARA A COMPRA DA CASA PRÓPRIA
Antes de adentrarmos nos modelos e nas formas de pagamento em si, resolvemos trazer algumas dicas que podem ser importantes para quem deseja comprar a casa própria. Como são passos fundamentais para o planejamento, vale ficar atento. Veja:
QUANTIA IDEAL A SER POUPADA
Por mais que o objetivo final seja, claro, comprar o imóvel, é importante estabelecer pequenas metas durante a jornada. Uma delas é o quanto você deve economizar. Atualmente, para dar início a um financiamento, os bancos costumam aceitar uma entrada de 20% do valor total do bem. Que tal então ir juntando esse dinheiro aos poucos ao guardar pelo menos 30% da sua renda mensal? Dessa forma, além de juntar o dinheiro, o futuro proprietário já se habitua a viver sem tal parcela do orçamento, que posteriormente pode estar comprometido com o financiamento do imóvel desejado — dependendo obviamente do prazo.
ATENÇÃO A QUESTÕES PESSOAIS
Basicamente, são 3 as situações pessoais em jogo quando alguém pretende comprar sua casa: profissionais em início de carreira, recém-casados e pessoas que ainda moram com os pais. Cada um dos 3 perfis precisa se planejar para não criar problemas futuros. No primeiro caso, o profissional em fase de ascensão ainda não possui estabilidade. Assim, além da possibilidade de repentinamente perder o emprego, ainda está sujeito a eventuais viagens e, quem sabe, até mudanças de cidade. Já os recém-casados precisam estabelecer com clareza como será feita a compra e principalmente qual será o regime do matrimônio — comunhão universal de bens, separação total ou parcial. Por fim, quem ainda mora com os pais pode dar tempo ao tempo. E esse pode ser um excelente momento para economizar.
NADA DE MENOSPREZAR OS CUSTOS
Em primeiro lugar, se optar por um financiamento, é fundamental considerar que seus custos fixos serão maiores do que se alugasse um imóvel. Isso porque, em média, uma típica prestação de financiamento costuma girar em torno de 1% do valor da propriedade. No caso dos imóveis, esse percentual é, em média, de apenas 0,5%. Só não deixe de levar em conta que, ao final do pagamento, o resultado é o fim do aluguel e o aumento patrimonial.
Depois, é preciso considerar as despesas adicionais, afinal, além dos 30% do orçamento comprometidos com o financiamento, deve-se considerar ainda as despesas domésticas. Por isso, uma boa dica é avaliar o custo de vida da região, pois os gastos podem variar muito dependendo do perfil do comércio local. Por fim, considere também as despesas burocráticas com a documentação — além dos custos do cartório, da avaliação e da análise jurídica do imóvel, existe também o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que varia de acordo com o município. Todos esses gastos, somados, costumam representar 4% do valor total do imóvel. Nada então de menosprezá-los!
OPÇÕES DE PAGAMENTO PARA ADQUIRIR UM IMÓVEL
Agora vamos ao nosso último passo: considerar cada uma das opções para efetivamente adquirir sua casa própria. Analise as informações com cuidado, já que cada uma das alternativas possíveis possui suas peculiaridades. Confira e veja qual é mais adequada à sua situação!
À VISTA
Por mais que sejam poucas as pessoas que possuem o capital necessário para adquirir qualquer imóvel à vista, não é impossível. É importante lembrar que, para a aquisição do primeiro imóvel, é possível usar o valor do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (Fgts) para cobrir o valor faltante. Além disso, caso já existam aplicações financeiras sendo realizadas, pode ser interessante destinar ao menos uma parte para o pagamento.
FINANCIAMENTO
Falamos bastante sobre essa opção ao longo do texto, especialmente porque é a mais comum. Nesse caso, é fundamental pesquisar bem para descobrir quais são os bancos que oferecem as melhores condições. Além disso, também aqui, o uso do FGTS é recomendado para diminuir o valor das prestações. Na prática, hoje os bancos exigem que a entrada seja de, no mínimo, 20% do valor total do imóvel. Mas as exigências não param por aí. Além disso, normalmente é delimitado que o adquirente do serviço não comprometa mais de 30% da sua renda com a parcela do financiamento.
CONSÓRCIO
Por fim, mas definitivamente não menos importante, existe a opção do consórcio, que funciona basicamente como uma poupança com aplicações mensais destinadas à compra do imóvel. Nesse caso, o maior diferencial é que você pode ser sorteado antes de juntar o valor total, conseguindo a carta de credito adquirir o imóvel. E se for o caso de usar o FGTS com essa finalidade, ainda pode dar seu montante como lance e também conseguir a carta de crédito antecipadamente! Se você se interessou pelo assunto e quer saber mais,